quinta-feira, 24 de abril de 2008

Nassif esqueceu dos gastos públicos

Na quarta-feira (23), Luis Nassif palestrou sobre o tema "O Brasil no Mapa da Economia Mundial", na Assembléia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), em Florianópolis (foto). Apesar do reduzido tempo do evento, as análises difundidas pelo jornalista foram coerentes, e poderam ser compreendidas por aqueles que não acompanham o dia-a-dia da economia. Entre os assuntos discorridos por Nassif, estava a pressão inflacionária que atinge o Brasil (e o mundo), principalmente, nos últimos seis meses.

Porém, talvez por uma tendência petista, conversou pouco sobre o efeito dos gastos públicos nesse aumento de preços. E, quando abordou o assunto, tachou como "chatos" os que enumeram os gastos como um dos fatores da pressão. É nesse ponto que discordo do jornalista mineiro. A política inflacionária brasileira segue metas. Os gastos públicos influenciam, e muito, para ultrapassar essa taxa.

O governo Lula vem elevando as despesas, em média, 15% ao ano. Gastando mais, despeja mais dinheiro e, conseqüentemente, favorece o fortalecimento da inflação de demanda. Claro que isso é, apenas, parte da verdade. Outras diretrizes no mercado nacional e mundial também estão intrínsecos na inflação. Entretanto, o governo deve zelar pelos que têm baixa renda, os mais prejudicados pela disparada nos preços, e cortes (reais) no orçamento ajudaria a amenizar.

Foto: Eduardo Guedes de Oliveira/Alesc

2 comentários:

MeL Cauduro disse...

Realmente foi reduzido o tempo da palestra.
Bom, como não entendo de economia e não quero falar bobagem, to passando pra dar oi mesmo! hahaha
beijos

MMMarcelo disse...

Ôôôia... Pedro! Que blog de respeito, hein, Véio! Deve correr uma grana federal por aqui, né?

Por falar na "tendência petista", Nassif fez um comentário favorável ao Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), alegando ser um modo de driblar a burocracia e agilizar as ações do governo.
Já o jornalista Augusto Nunes, na palestra que deu na Estácio, disse que o PAC não passa de uma baita maquiagem de um governo inoperante. E ainda desafiou: "alguém aqui já viu alguma obra do PAC concluída?"